sábado, 8 de agosto de 2009

Posêidon e a Sereia



_________________________________________ 20/03/07

Olho para o mar
Procuro versos pra escrever
Eu já não sei o que fazer
Sereia, até nas ondas vejo você

No vai e vem das águas
Na encosta a bater
No cais a espuma a descer
Sereia, ela some, e cadê você?

Olho para o mar
Até os peixes parecem saber
Mesmo com o casco do barco a bater
Sereia, eu só penso em você

Olho para o mar
Vejo o sol a morrer
E a lua a nascer
Sereia, como o sol você morreu

Olho para o céu
As estrelas a brilhar
Mais uma se ofuscou
Ao último instante do nascer do sol
Uma aurora que chegou

Olho para o horizonte
Sereia, na aurora perco você
Mas minh’ alma já estava entregue a ressaca do mar
Partiu com a aurora, fugiu com o luar

Sereia, agora olha para o mar
Esperando Posêidon voltar
Mas Posêidon agora tinha outra a contemplar
A aurora que estava a chegar


Olho para o céu
Mas a aurora? Parece não voltar
Pego meu tridente
Abro uma alcova no mar
E a meu relento dou-me a voltar

Sereia, irei reclinar
Por que não continuei
A olhar para o mar?

                                                           .::Flávius:..

                                    ****

*n'uma tarde ensolarada, sob uma copa qualquer, brisa e um afago terreno aos capilares.. o princípio de tudo, o início do borbulhar da espuma ressacante.. (com cunho a priori de trovismo contemporâneo - musical...) mas, minha protopatia, impedia interações..., e eis que assolou a proposta neo-métrica do cenário;  

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